O número de habitantes (70 milhões) e a grande superfície (2.345.410 km²) da RDC constituem activos importantes para garantir investimentos no sector da habitação e imobiliário. No entanto, registamos défices habitacionais globais estimados em 3.945.555 ou 263.039 unidades habitacionais a serem construídas por ano. As necessidades da cidade de Kinshasa são estimadas em 54,4% do défice global, ou 143.092 unidades habitacionais a serem construídas por ano.
1. Enquadramento jurídico do setor
- Lei de Terras n.º 73-021, de 20 de julho de 1973, relativa ao regime geral de bens, regime fundiário e imobiliário e regime de segurança.
Esta lei estabelece normas precisas que regulamentam a área de compra, venda e arrendamento de terrenos e/ou concessões. Deverá reger as decisões dos vendedores, locadores e compradores quanto ao procedimento a seguir para todas as transações com vista à entrega pelo Estado Congolês de títulos imobiliários ultra-seguros.
- Lei Bakajika de 7 de junho de 1966 (O solo e o subsolo pertencem ao Estado). Especificou que “o solo e o subsolo pertencem ao Estado”. Esta lei visava restaurar a ordem no domínio fundiário.
- Portaria Ministerial n.º cab/MINA/TUHITPR/007/2013 de 26 de Junho de 2013 que regulamenta a concessão de licenças de construção na República Democrática do Congo.
Qualquer pessoa que pretenda realizar promoção imobiliária, inovação urbana, construção ou obra de qualquer natureza, em materiais sustentáveis e de acordo com as regras da arte, em todo o território da República Democrática do Congo, é obrigada a obter primeiro uma Licença de Construção de a administração competente do Urbanismo e da Habitação.
- Nota circular n°005/CAB/MIN/AFF FONC/2013 de 12 de junho de 2013 relativa ao procedimento e prazo de transmissão de direitos de propriedade fundiária e imobiliária.
2. Potencial
- Numerosas áreas de terras exploráveis em todo o país. Existência em cada província de espaços dedicados à construção de habitação social;
- Forte procura face à oferta;
- Existência de uma quota de mercado significativa para novas construtoras e investidores do sector;
- Liberdade para empreender neste setor.
3. Conquistas alcançadas
Construção de habitação social por operadores privados (concluída):
- Cidade do Rio;
- Cidade Kin Oásis;
- Cidade da Bela Vida;
- Cidade da Esperança;
- Cité Moderne (em andamento).
Graças ao envolvimento da ANAPI, assistimos hoje a um boom imobiliário sem precedentes em toda a extensão da República.
4. Visão governamental no setor
A política habitacional estrutura-se em torno de quatro eixos:
- Reorganização do sector habitacional (reforma institucional e capacitação);
- Melhoria habitacional (política de ordenamento do território e fiscalização do sector imobiliário);
- Mobilização de recursos para habitação;
- A redução de áreas de pobreza urbana (ação emergencial).